segunda-feira, 18 de maio de 2015

Iscas naturais para peixes de água salgada.

Quem aprecia este tipo de pescaria de certa forma sempre vê os pescadores utilizarem as mesmas iscas na busca dos badejos, cações, peixes-espada, xaréus, e assim por diante.
É bem verdade que as opções não fogem muito a regra e que poucas invenções são feitas nessa área.
Vamos a descrição das mais utilizadas:


Camarão: Esta isca pode ser utilizada de duas maneiras. Quando vivo, o camarão pode ser eficiente em locais próximos à estruturas submersas com pouca profundidade (inferior a 15 metros) e próximos a estruturas como galhadas, píers, canais, costões, etc.
Se o camarão estiver morto algumas considerações devem ser feitas;
O camarão levado para o local da pescaria que não for proveniente daquele lugar, provavelmente não fará tanto sucesso quanto os que lá vivem. Para resolver essa questão, normalmente em locais propícios para a pesca, sempre existem lugares onde podem ser encontrados camarões frescos para venda.
Caso sua pescaria seja em alto mar e você precise congelar os camarões para levar, é importante que seja retirado a cabeça deles e que se mantenham as cascas. Isso evitará que eles se desestruturem e impedirá que a isca não se torne de difícil manuseio.
Não descongele todos os camarões ao mesmo tempo. Faça isso a medida que for utilizando, caso contrário, os que estiverem em contato com o ambiente, provavelmente não ficarão no anzol por muito tempo.


Sardinha: Esta isca é tão versátil quanto o camarão e pode ser utilizada de várias formas. Pode ser iscada apenas a cabeça, somente o rabo ou ainda ela inteira, fica a cargo do pescador.
Para fazê-las durar mais no anzol, o pescador pode salgá-las alguns dias antes da pescaria. Isso a tornará mais dura e ela não se despedaçará com tanta facilidade.


Minhoca de praia: Muitos não acreditam, mas a minhoca é sim uma bela isca para água salgada e causa o mesmo efeito que o camarão e a sardinha. A minhoca é atraída com restos de peixe colocados na entrada de sua toca, na forma de pequenos furos na areia. Quando aparecem devem ser puxadas com as mãos, com cuidado, para não romper seu corpo. Excelentes para fisgar betaras, maria luízas, cocorocas, bagres e principalmente pampos.
Como elas se desfazem com facilidade o ideal é levar um pouco de fubá para misturar na hora da pescaria.


Tatuí/Tatuíra: Para quem não conhece, o tatuí ou também chamado de tatuíra é uma espécie de crustáceo que pode ser encontrado na areia das praias,a pouca profundidade. Eles se enterram na parte molhada da areia quando as ondas quebram e começam a recuar. Deve-se cavar com força e agilidade para encontrá-lo, com as mãos ou com uma peneira.


Corrupto: O Corrupto é um crustáceo cavador e uma excelente isca para peixes marinhos. Vêm sendo há mais de vinte anos capturados e utilizados por pescadores amadores ao longo das praias , desde a costa nordeste até a costa sul. A estrutura do Corrupto é extremamente delicada, devendo ser amarrado ao anzol com elastricot, sem apertar demais. Pode-se isca-los inteiros ou em pedaços, esticados ou dobrados formando uma “bolota”. Neste último caso, dobre-o, corte metade da cauda e da cabeça, passando o anzol através destas, sem perfurar a parte central do corpo. Uma maneira de utiliza-los inteiros é prender num anzol Wide Gap 1/0, entrando pela “nuca”, passando pelo interior do corpo e saindo numa placa do meio do rabo, de modo a deixar as patas expostas. Este é método para peixes de boca grande como o Robalo.


Sarnambis: São as conchas encontradas sob a superfície de praias com areia escura. Para capturá-las, basta dentro d’água afundar as mãos na areia e pegá-las, é muito fácil de achar as conchinhas.
Para iscar o sarnambi basta quebrar a concha e colocar o anzol no miolo.


Lula: Encontrada praticamente em qualquer peixaria. Na praia, usa-se geralmente as lulas pequenas, cortadas em tiras ou pedaços.
A maior vantagem é que dificilmente se soltam do anzol.
Boa para pesca de Garoupas e Badejos entre outros.

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