Uma rede de arrasto é formada essencialmente pelas seguintes partes:
- o saco, ou seja, o fundo da rede, geralmente de malha mais apertada que as restantes;
- a barriga, uma peça geralmente de malha um pouco mais larga que o saco e que o une às
- asas, duas peças alongadas de rede que unem lateralmente a barriga às portas (no caso das redes industriais) ou aos cabos por onde o aparelho é arrastado.
As redes de arrasto podem ser puxadas manualmente por pescadores a pé, geralmente da praia ou dum banco de areia, num tipo de pesca artesanal denominado arrasto para terra ou para a praia. Normalmente este aparelho é construído pelos próprios pescadores, quer utilizando redes tecidas de fibras naturais ou de fio de pesca, seja com redes e cabos de fábrica. A rede é geralmente lançada à água a partir duma embarcação, que pode ser uma simples canoa ou uma lancha a motor ou à vela; uma ponta do cabo fica em terra e o barco faz um arco do tamanho da rede para entregar a outra ponta aos pescadores que se encontram do outro lado da praia.
As redes de arrasto industriais são geralmente de maior tamanho que as artesanais e são puxadas por arrastões, barcos equipados para esta operação. O equipamento principal para esta atividade é um ou dois guinchos que enrolam e desenrolam os cabos das portas. As portas são placas mais ou menos planas que ficam presas transversalmente ao cabo do alador e das asas e que mantêm a rede aberta durante o arrasto; na sua forma mais simples, eram placas de madeira planas, muito parecidas com a porta duma casa.
Desenho de diversos tipos de redes de arrasto
Existem dois tipos de rede de arrasto: a rede de arrasto no fundo e a de meia-água; nesta última, a quantidade de pesos e flutuadores é regulada para manter a rede à profundidade pretendida. Estas redes são usadas para capturar peixes pelágicos, como os carapaus ou sardinhas e, nos barcos mais modernos, são equipadas com sondas para detetar os cardumes e permitir acertar a altura da rede.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_arrasto
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